domingo, 23 de outubro de 2016

Resenha Livros: Deuses do Egito - O despertar do príncipe






Sabe quando você simplesmente ama um livro? 
Deuses do Egito conquistou meu coração, tanto pela história quanto pelos personagens.










Título: O despertar do príncipe
Autor: Collen Houck
Editora Brasileira: Arqueiro
Lançamento: 2015
Págs.: 384
Gênero: Literatura Estrangeira
Sinopse: "O despertar do príncipe é o primeiro volume da aguardada série Deuses do Egito, uma aventura fascinante que vai nos transportar para cenários extraordinários e nos apresentar a criaturas fantásticas da rica mitologia egípcia. Colleen Houck é autora de A maldição do tigre, série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil. “Os fãs de Rick Riordan vão se divertir com esta fantasia. Uma narrativa incrivelmente bem pesquisada com um ar de mistério e romance.” — School Library Journal Aos 17 anos, Lilliana Young tem uma vida aparentemente invejável. Ela mora em um luxuoso hotel de Nova York com os pais ricos e bem-sucedidos, só usa roupas de grife, recebe uma generosa mesada e tem liberdade para explorar a cidade. Mas para isso ela precisa seguir algumas regras: só tirar notas altas no colégio, apresentar-se adequadamente nas festas com os pais e fazer amizade apenas com quem eles aprovarem. Um dia, na seção egípcia do Metropolitan Museum of Art, Lily está pensando numa maneira de convencer os pais a deixá-la escolher a própria carreira, quando uma figura espantosa cruza o seu caminho: uma múmia — na verdade, um príncipe egípcio com poderes divinos que acaba de despertar de um sono de mil anos. A partir daí, a vida solitária e super-regrada de Lily sofre uma reviravolta. Uma força irresistível a leva a seguir o príncipe Amon até o lendário Vale dos Reis, no Egito, em busca dos outros dois irmãos adormecidos, numa luta contra o tempo para realizar a cerimônia que é a última esperança para salvar a humanidade do maligno deus Seth. Em O despertar do príncipe, Colleen Houck apresenta uma narrativa inteligente, cheia de humor e ironia."



"O Símbolo é um sinal de proteção do deus do sol e um lembrete: quando somos privados de tudo aquilo que valorizamos, finalmente conseguimos ver a verdade."

O despertar do príncipe conta a história de Lilliana, uma jovem de New York muito rica, mas que vive na pressão de seus pais para escolher o curso perfeito para seu futuro ser brilhante. Presa entre a indecisão de confrontar seus pais para seguir aquilo da qual ela realmente gosta ou aceitar as escolhas deles, ela acaba conhecendo Amom em uma de suas visitas ao Museu Metropolitano de arte.
Amon é um príncipe egípcio com poderes divinos que desperta de tempos em tempos junto com seus irmãos para servir aos deuses e salvar o mundo da fúria de Set. Mas ocorreu um problema, seu corpo foi levado do Egito para os Estados Unidos, e nesse processo Amon escolhe Lily para ajudá-lo a encontrar seus irmãos e poder assim salvar o mundo a tempo, mas ele se vê confuso com a relutância de Lily. Por ser acostumado com todos os venerando sempre que desperta, ele não entende o que mudou e o porquê das pessoas já não se lembrarem de sua história.
 Lily então vê uma chance de se aventurar, de poder fazer suas próprias escolhas sem a pressão de seus pais, de se conhecer e poder ajudar um príncipe em sua missão. 


“Amon tinha dois lados, ambos gravados na mesma sólida moeda. As duas versões eram poderosas, belas e autoritárias, mas o Amon homem, que era vulnerável e duvidava de si mesmo, que ansiava por sentir um vínculo com outras pessoas, era o que mais me atraía.”

Todo mundo que já leu minhas resenhas sobre algum livro de mitologia sabe o quanto eu sou apaixonada por esse tema, ou seja, minhas expectativas estavam altas justamente por isso. O livro não é cansativo e sim interessante, ele ocorre sempre em 1° pessoa, só tendo pequenos trechos em 3° pessoa no inicio dos capítulos.
Com o decorrer da história você acompanha as mudanças de Lily, o que suas escolhas afetam nela e nas outras pessoas a sua volta e o momento que ela percebe o quanto gosta de Amon e como esse sentimento vai se desenvolvendo. Lily se prova uma pessoa extremamente corajosa, que não teve medo de largar toda sua vida de luxo, para correr com uma múmia pelo deserto sem saber se voltaria viva.
Amon é o típico cavalheiro das tramas, nesse primeiro livro ele se torna um personagem até que apaixonante. Ele é o sério do grupo, que evita ao todo custo colocar pessoas em perigo, mesmo que isso custe algo para ele. E não podemos esquecer o quanto ele é sexy, gostoso, um pedaço de mau caminho como Lily insiste em repetir pelo menos 10 vezes em cada capitulo, moça chega, já entendemos (até eu to querendo ele agora).  Já Asten tem uma personalidade super divertida e não tem como não se encantar por ele logo de cara, o típico galã das histórias com aquele jeito sexy e fofo ao mesmo tempo, ele é galanteador e não perde a oportunidade de jogar seu charme em Lily. Mas ele entende o quando Amon e Lily gostam um do outro, apesar de nenhum dos dois admitir. Ahmose já é mais quieto e na dele, sempre observando e muito cauteloso. Eu senti que ele tinha um pouco de receio e que ele era muito inseguro, sempre se sentindo um pouco inferior, mas na verdade ele é uma pessoa doce que se importa demais com os outros e que acaba tendo muitas desilusões. A personalidade dos três irmãos são distintas e marcantes e a relação de todos eles com Lily é muito importante na trama.
Com o passar da história você vê o quanto Amon e seus irmãos tiverem de sacrificar para estarem onde estão, mas que essa não seria a primeira escolha deles. Eles deixaram seus sonhos e desejos de lado para proteger todo seu povo, isso fez com que eu criasse um afeto por eles.
O final da trama foi algo simplesmente surpreendente, e sabendo que teria um segundo livro eu fiquei imaginando que caminho a história seguiria, mas sem conseguir achar uma resposta. A autora soube finalizar a história dos três irmãos deixando um caminho para uma história muito maior acontecer.

Senti-me super satisfeita com toda a história, mas tenho que admitir que em alguns momentos eu fiquei aflita com o caminho que estava seguindo, só que eu entendi que era necessário acontecer para a trama poder continuar. A autora soube encaixar perfeitamente a história egípcia e cativar, sem deixar confuso e sim interessante. 

“Aquela pequena aventura com Amon estava tão fora da minha zona de conforto que eu não sabia nem mais quem eu era. Minha carapaça externa tinha sido arrancada, e o que havia sobrado era uma garota exposta e assustada. Minha confiança em mim mesma, o cerne de quem eu era, e minha compreensão do que era real e do que era imaginário tinham sido dilaceradas. A base que constituía o âmago de Liliana Young tinha ruído, e estava apenas um monte de entulho”

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