“- Está com medo? – ele perguntou.
Ela se ajeitou melhor no abraço dele.
- Por hora, vou ter que confiar neste Dragão de Fogo
que tenho, até que apareça outro.
- Pode confiar, eu- - ele sorriu, até entender a
provocação dela. Ei!”
“- Batatas? – ele perguntou desconfiado.
- Se não quer, tudo bem. – ela saiu.
- Não, espere. Batatas está ótimo! Tomates também!
Aqueles pãezinhos estranhos também! Pode ser qualquer coisa se você cozinhar!”
Título: Almakia - Instituto Dul`Maojin
Autor: Lhaisa Andria
Editora Brasileira: MODO
Lançamento: 2016
Págs.: 300
Gênero: Fantasia, Aventura, Literatura Brasileira, Romance, Ficção.
Sinopse: "A nova missão que se estende para Garo-lin e os
Dragões agora tem duas direções: eles precisam encontrar os verdadeiros Dragões
– para Kanadi enfrentar o seu oposto – ao mesmo tempo em que precisam entrar no
coração de Almakia e convencer os almakins sobre um perigo eminente. As descobertas
continuam através dos mistérios que as edificações do Instituto Dul’Maojin
escondem. Ainda, algo se movimenta Além-Mar, e aos poucos traz para o Domínio
verdades que deveriam ser esquecidas. Um pensamento antigo precisa ser retomado
e renovado, para que o futuro de Almakia possa existir.”
“E não se esqueça vilashi: Garo-lin é minha!”
Vamos começar com o fato de que eu estava com uma
expectativa enorme pelo livro. E que em menos de quatro dias eu li e reli ele.
Então não tem como eu dizer que não tenha gostado imensamente dele.
Eu nunca gostei de criar muitas expectativas nas coisas, porque acaba que em
muitos casos elas nunca são alcançadas e a decepção é grande. Mas isso já é algo
que eu não consiga controlar, e a sorte é que dessa vez o livro simplesmente
superou todas elas. E deixou com aquela necessidade de quero mais.
Quando eu peguei o livro, muitas teorias e idéias passavam pela minha cabeça e
eu não conseguia chegar a nenhuma conclusão com elas, mas quando eu comecei a
ler, ele simplesmente caminhou para um lado que eu nunca pensaria. Conseguia
ter muitas emoções conflitantes enquanto lia, de indignação para sofrer de
fofura pelos personagens.
No terceiro volume de Almakia, a história se passa
basicamente em torno das necessidades de respostas que o grupo de Garo-lin
precisa para descobrir o que aconteceu no passado, o motivo do porque disso ter
sido totalmente apagado da história e como eles vão fazer para modificar os
conceitos dos Almaki. Mas eles sabem através de uma visão do Dragão Real que
eles deveriam começar pelo o Instituto, o lugar onde tudo começa. O conflito
corre em torno deles tentando convencer os alunos a se aliar a eles através de
suas aventuras, contando a verdade que foi obtida, achar os verdadeiros dragões
e tentar descobrir o que o pai do Krission descobriu de tão importante, que
resultou em seu sumiço. E o pior, o que além-mar tem haver com tudo isso.
Almakia se tornou um caos, Kronar já não consegue mais controlar o domínio,
rebeliões contra o poder dos Almaki estão se tornando constantes, e no meio
disso o que o grupo vai fazer a respeito de toda ela loucura que virou o domínio
de Almakia.
A Garo-lin como nos outros livros sempre se mostrou uma
personagem de personalidade extremamente forte, como o Krission e o Vinshu. Ela
passa a ser uma líder, mas que se sente insegura em muitos casos e busca a
solução através do Krission. O papel dele no livro é fundamento, pois ele
consegue se manter firme, com o pé no chão e ajudar os outros a tomar decisões.
Ele faz com que os outros consigam enxergar a importância deles dentro da
situação, por menor que ela seja.
Nesse volume cada personagem passa por um desenvolvimento e conhecimento de si
mesmo dentro de outras situações, saindo completamente da zona de conforto
deles. É um grande obstáculo de aceitação que faz com que o leitor se sinta
mais próximo de cada um e consiga ver tanto os defeitos e as qualidades deles. E
a cada descoberta e situações passadas era motivo para eu prender o ar e solta-lo
de uma vez relaxada e satisfeita.
Tenho que dizer que meio peito doía pelo Vinshu e pelo Nu’lian, o fato deles
terem que aceitar que tudo o que eles estavam acostumado tenha mudado tão
drasticamente, faz você ver um lado mais vuneralvel deles e ver quanto cada um ali
é forte. E eu ainda não consigo gostar da Kanadi, o jeito dela me incomoda um
pouco e eu consigo entender o que Vinshu e a Garo-lin sentem com isso, mas o
fato de que ela tem muitas respostas faz com que eu tolere ela, e temos o ponto
positivo de ver em vários momentos a Kidari.
PS: Pelo amor de deus que final foi aquele? Exijo uma
continuação o mais rápido possível, ainda não to sabendo lidar com esse livro.
Esse livro foi um exemplo completo de ressaca
literária, fiquei em estado vegetatido depois que eu li ele, sem saber o que
pensar e sentir.
“Enchendo-se de determinação, Garo-lin armou-se de
orgulho Vilashi e deu um passo em direção à saída do observatório. Contudo, foi
puxada para trás por Krission, que a fez virar-se para ele e a beijou.
Quando a soltou, segurou seu rosto firmemente em suas
mãos e aconselhou:
- Seja um vilashi idiota e acabe com todos eles!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário